A ocupação de um terreno de encosta, as construções irregulares feitas nele e o solo encharcado são os fatores que contribuíram para desabamento de, ao menos, dez casas no Jardim Maringá, região da Penha, na zona leste de São Paulo, nesta quarta-feira (8). A avaliação é do coordenador geral da Defesa Civil, coronel Jair Paca de Lima, e do subprefeito da Penha, Cássio Loschiavo.

Cerca de 80 pessoas foram afetadas, mas ninguém ficou ferido.

Loschiavo afirmou que “o terreno [na rua Fernandes Portalegre] foi invadido e deveria ser uma área verde preservada”. Para ele, o desabamento foi provocado “pelo solo encharcado e a ocupação irregular do terreno”. Contudo, o subprefeito pontuou que ainda não é possível confirmar se o excesso de água na terra é resultado das chuvas dos últimos dias ou de problemas na rede de saneamento e esgoto do local.

– Não sabemos se tem fossa e se ela foi bem feita.

Já o coordenador da Defesa Civil acredita que as chuvas dos últimos dias foram também determinantes para o incidente. Ele revelou que a prefeitura “já havia sido notificada que a área era considerada de risco pelos técnicos da coordenação da Defesa Civil da região”.

Nesta quarta-feira, os primeiros sinais de desabamento apareceram por volta das 10h. O órgão municipal foi chamado por moradores, que perceberam rachaduras bastante evidentes nos imóveis. As famílias foram então orientadas a sair de suas casas.

Por volta das 17h, a subprefeitura da Penha informou que 22 imóveis vieram ao chão. Mais tarde, a Defesa Civil disse que 10 casas ficaram totalmente destruídas. Mas, por volta das 19h20, o secretário de coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo, afirmou que entre nove e dez casas foram totalmente destruídas e outras dez ficaram parcialmente danificadas.

No total, 45 imóveis foram interditados, segundo a subprefeitura da Penha.

Fonte: R7